Olhos “apertados”

Miopia, astigmatismo, hipermetropia não são doenças, mas distúrbios na formação do globo ocular que provocam distorções da visão, e acontecem com mais frequência do que a maioria das pessoas imagina: pesquisas apontam que, apenas no Brasil, mais de 2 milhões de novos casos são diagnosticados a cada ano.

A mais comum delas, a miopia, chega a atingir 25% de toda a população ocidental, e até mesmo 80%, em alguns países orientais, por estar relacionada a condições genéticas.

A palavra “miopia” vem do grego, “myiops” que, em tradução livre, significa “olhos apertados”. De fato, essa é uma das características mais evidentes do distúrbio: o míope “franze” o rosto para tentar focar melhor as imagens. Esse esforço acontece porque, diferente da visão normal, a imagem se forma antes que a luz chegue até a retina. É por isso que os objetos, paisagens e pessoas mais distantes ficam desfocadas, “embaçadas”.

O diagnóstico da miopia começa com a queixa do paciente, e é confirmado pelos exames de acuidade – aquele quadro com as sequências de letras, que diminuem de tamanho gradativamente – além de outros mais específicos, feitos em aparelhos e que avaliam o fundo de olho, a pressão intraocular e os índices de refração.

Na maioria dos casos, é indicado o uso de óculos ou lentes de contato e, eventualmente, quando o grau da miopia é mais elevado – e já está estabilizado – pode ser realizada, a critério médico, cirurgia corretiva.

Porém, óculos e lentes não “curam” a miopia, assim como deixar de usá-los não agrava o problema, apenas gera desconforto e piora os sintomas de cansaço visual, lacrimejamento e dor de cabeça, por conta do esforço, dos “olhos apertados”.

Também não há exercícios que resolvam – ou atenuem – o problema da miopia. A única recomendação é o acompanhamento médico regular, pelo menos uma vez por ano, para verificar e, se necessário, corrigir o grau das lentes.

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