O príncipe William, o ex-presidente americano Bill Clinton e o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, têm em comum uma característica peculiar: todos eles – assim como outras 350 milhões de pessoas, segundo a OMS, a Organização Mundial da Saúde – são portadores do distúrbio de visão conhecido como daltonismo, que distorce a percepção de algumas cores.
O primeiro cientista a descrever o fenômeno foi o químico inglês, nascido em 1766, John Dalton (daí o nome popular do distúrbio, que tem na medicina o nome de discromatopsia), que também foi pioneiro nos estudos da meteorologia e da moderna teoria atômica. Curiosamente, ele mesmo portador da condição: Dalton era daltônico.
A alteração visual das cores é, na maioria das vezes, hereditária e acomete majoritariamente os homens. Em geral, os portadores não conseguem distinguir vermelho e verde, ou, em alguns poucos casos, azul e amarelo. Mais raros ainda são os que só conseguem enxergar os tons de branco, cinza e preto.
Na maior parte dos casos o daltonismo é percebido pelo próprio portador, que normalmente já tem um histórico familiar, o que não exclui a necessidade da confirmação clínica do diagnóstico, com a realização de exames específicos para determinar o tipo exato do distúrbio, feitos com o auxílio do teste de Ishihara, cartões com vários pontos coloridos, que “escondem” no centro uma letra, número ou figura.
O daltonismo não tem tratamento, mas, uma vez detectado, o paciente precisa apenas adequar seu estilo de vida à condição. No caso das crianças, por exemplo, as escolas são preparadas para adaptar o material didático, para que elas tenham acesso completo aos conteúdos do aprendizado. No mais, a pessoa vive plenamente, sem qualquer restrição, até mesmo na hora de dirigir um automóvel e circular com segurança no trânsito: se não dá para distinguir as cores do semáforo, basta observar a posição das luzes.
Como se pode ver pelos exemplos do príncipe William, Bill Clinton e Mark Zuckerberg, é possível comandar impérios, negócios ou até mesmo seguir o caminho criativo e artístico, mesmo sendo daltônico. Basta visitar o Oftalmologista regularmente e viver a vida de forma alegre e colorida.