O terçol, que na linguagem médica formal tem o nome de hordéolo, é a inflamação de glândulas localizadas do lado externo da pálpebra, próxima aos cílios superiores ou inferiores.
Em geral o terçol é uma infecção bacteriana, causada pelo acúmulo de oleosidade da pele na região e até mesmo como consequência da blefarite (já falamos sobre ela aqui, vale a pena reler).
Os sintomas clássicos são dor, coceira, vermelhidão, inchaço seguido de um pequeno ponto de secreção amarelada, lacrimejamento e até mesmo sensibilidade à luz.
Normalmente o terçol é uma infecção benigna, desaparece sozinho em alguns dias, desde que tratado com cuidado: é importante manter a região dos olhos sempre limpa, evitar, temporariamente, o uso de maquiagem ou lentes de contato e jamais “espremer” a secreção. A aplicação de compressas de algodão, úmidas e mornas, 3 vezes ao dia, também pode ajudar a acelerar a cura.
Apesar de ser simples, convém ficar atento à evolução do terçol. Se em uma semana ele não der sinais de regressão, ou se o problema acontece com certa frequência, consulte o Oftalmologista. E, principalmente, fuja das “simpatias” populares como passar anel ou ovo quente no olho e até – acredite! – saquinho de chá. O que acontece nestes casos é que o calor ajuda na evolução natural do processo infeccioso, o que se obtém pela aplicação das compressas, muito mais higiênicas.
Outro mito sobre o terçol é que ele seria contagioso, o que não é verdade, assim como o sol também não agrava a infecção. Mas, por conta da sensibilidade à luz, e até mesmo para proteger os olhos contra a poeira e poluição, usar óculos escuros traz mais conforto e segurança durante o período mais agudo.
A prevenção do terçol é bastante simples, basicamente cuidados de higiene, como a limpeza regular dos cílios com xampu neutro, não levar a mão aos olhos, usar toalhas e fronhas limpas e evitar contato da região com produtos de maquiagem e de cuidados com a pele. E, em caso de qualquer dúvida, procurar o único caminho seguro: o Oftalmologista.