Colírio: a dose certa, no lugar certo

Tem coisa que, mesmo parecendo simples, na prática pode ser difícil, como pingar colírio no olho: para muitas pessoas, aplicar – no lugar e na dose certa – é uma missão complicada e, mesmo quem realiza o procedimento com facilidade, nem sempre o faz de maneira correta e segura. Vamos ver como fazer isso direito, conforme explicações do Oftalmologista Dr. Cláudio Domingues.

Antes de mais nada, lavar bem as mãos. Além de muito sensíveis, os olhos são uma porta de entrada para o organismo, assim como a boca, nariz e ouvidos. Cuidado com as contaminações. Pelo mesmo motivo, é preciso ter ao atenção ao frasco, especialmente na região do bico e da tampa, para que eles não se tornem veículos de transmissão de micro-organismos, como vírus e bactérias. Muito importante: durante a aplicação jamais toque o bico do frasco, seja na mão, seja na região do olho.

A maneira correta de aplicar o colírio é inclinar a cabeça ligeiramente para trás e puxar a pálpebra inferior levemente com os dedos, de maneira a formar uma pequena “bolsa” onde será pingado o líquido. Procure olhar para cima e, claro, manter os olhos bem abertos. Em seguida, relaxe as pálpebras e pisque suavemente, para que o colírio se espalhe uniformemente. Evite “apertar” os olhos, para não expulsar parte do medicamento – o que leva a outro ponto importante: aplique apenas a dose correta, que é sempre de 1 gota.

Porém, alguns pacientes não conseguem realizar o procedimento dessa forma. Neste caso, existe uma alternativa: deitado, pingue a gota no canto interno, próximo ao nariz. Depois pisque delicadamente o olho e incline suavemente a cabeça para o lado oposto para que o colírio escorra em toda a sua superfície interna. Faça em um olho de cada vez. Esse método também é especialmente indicado para crianças, mesmo quando muito pequenas: a gota colocada no canto nasal, mesmo com o olho fechado, escorregará naturalmente para dentro quando ele for aberto.

Finalmente, existe a forma “solidária” de pingar colírio: peça para alguém ajudar. Do ponto de vista “operacional”, é mais fácil. Basta a pessoa também tomar as mesmas medidas de higiene e cuidados.

O olho é um órgão muito especial e, por ser exatamente por meio dele que enxergamos, é compreensível a dificuldade e – até mesmo a “aflição” – que muitas pessoas têm de aplicar medicamento. Mas, fazendo de uma das formas indicadas e, principalmente, com calma, vai dar certo!

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