Distrofia de Fuchs ou córnea guttata

A Distrofia de Fuchs é uma das doenças que podem afetar a córnea, tecido localizado na parte mais externa do olho, bem fino, resistente e transparente para permitir a passagem da luz. Na distrofia de Fuchs ocorre a diminuição progressiva das células que revestem a parte posterior da córnea, com consequente espessamento dessa estrutura, levando finalmente à produção anormal de uma secreção, que se acumula em forma de manchas ou pequenas gotas, que acabam por prejudicar a visão – vem daí a origem latina do outro nome como é conhecida essa condição, córnea Guttata.

Essa é uma doença genética com maior incidência em mulheres, que atinge os dois olhos e se manifesta, na grande maioria das vezes, a partir dos 50 anos, embora, em casos raros, tenha sido diagnosticada mais cedo.

O sintoma mais comum é a visão embaçada de manhã, logo depois de acordar – por conta do excesso de água (edema) na córnea – podendo melhorar ao longo do dia, além de perda progressiva da qualidade visual, que não melhora com o uso de óculos. Nos casos mais graves, o incômodo é persistente e a perda de acuidade visual é maior. Como são sinais muito comuns, o diagnóstico acontece, em geral, durante as consultas de rotina, ou mesmo nos exames preliminares para a realização de cirurgia de catarata, e é confirmado com exames realizados em consultório, com equipamentos especiais.

O tratamento da Distrofia de Fuchs pode apenas aliviar os sintomas, com a prescrição de colírios ou lentes de contato especiais. A cura completa só é possível através de cirurgia de transplante de córnea.

A prevenção, assim como na maioria das doenças oculares, é simples: além das consultas anuais regulares, vá imediatamente ao Oftalmologista sempre que observar qualquer sintoma. E, se houver histórico familiar, ele determinará um acompanhamento especial da saúde dos seus olhos.