Lágrimas de bebê

Os bebês se comunicam através de choros e lágrimas. Afinal, na falta das palavras ainda não aprendidas, esta é a única forma que têm para reclamar de cansaço, pedir colo, leite ou o conforto de uma fralda limpa.

O que não é normal, no entanto, é o lacrimejamento constante, olhos sempre molhados e eventuais secreções. Esses sintomas, uma das principais queixas dos pais em consultórios oftalmológicos, segundo o Dr. Maurílio Roriz, do Centro Oftalmológico Perdizes – COP, indicam uma condição conhecida como obstrução das vias lacrimais.

Relatada com certa frequência, a síndrome, geralmente congênita, é consequência da formação incompleta da via lacrimal do bebê durante o período de gestação. Nestes casos, o canal lacrimal ainda não está totalmente formado e aberto, o que impede a drenagem natural da lágrima até o nariz, onde ela é naturalmente eliminada.

A boa notícia é que, mesmo após o nascimento, a criança continua a se desenvolver e, na maioria das vezes, a cura é obtida sem que seja necessária qualquer intervenção cirúrgica, tratando apenas com medidas clínicas específicas como massagem diária na via lacrimal feita pelos pais, devidamente orientados pelo médico.

Apesar de ser uma condição benigna e, na maioria das vezes, clinicamente reversível, o acompanhamento oftalmológico é essencial para evitar desconfortos, eventuais contaminações por conta da retenção da lágrima no canal lacrimal ou mesmo a indicação de tratamentos específicos no caso da persistência dos sintomas depois do primeiro ano de vida do bebê.

Os cuidados com a visão vêm de berço, incluindo a consulta periódica ao Oftalmologista.

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