Nossos olhos são muito curiosos, em todos os sentidos: além de observar o mundo ao redor o tempo todo, eles também são um dos órgãos mais interessantes – e complexos – do organismo: apesar do pequeno tamanho, de aproximadamente 2,5cm de diâmetro e peso de 8 gramas, nele “cabem” nada menos do que 107 milhões de células sensíveis à luz, que nos permitem distinguir até 10 milhões de cores diferentes e processar uma impressionante quantidade de imagens com incrível rapidez e definição – uma capacidade maior do que a da maioria dos computadores.
Aliás, a estrutura transparente e a forma arredondada da córnea serviu de inspiração para as lentes das câmeras fotográficas e de vídeo, uma característica essencial para registrar não só o que está à frente, o foco principal, mas também as imagens periféricas. O olho humano, porém, é muito mais “tecnológico”: enquanto a lente fotográfica abrange um campo de até cerca de 90 graus, nossos olhos chegam facilmente ao dobro disso, 180 graus ou até mais.
Merecem registro especial também as estruturas musculares responsáveis por movimentar os olhos: elas são mais ativas, rápidas e “saradas” do que qualquer outra do corpo. Ao acordar de manhã, por exemplo, é preciso um tempo para que as pernas estejam “prontas”, firmes o bastante para pisar, andar e movimentar-se com segurança e agilidade. Os olhos, no entanto, assim que abrem já estão plenamente “operacionais”. E isso sem falar no incrível trabalho que é piscar até 17 vezes por minuto – quase 15 mil vezes por dia! – sem qualquer esforço. E note que, quando se diz que os olhos estão “cansados”, com sintomas como visão embaçada e vermelhidão, isso não tem nada a ver com os músculos, que permanecem ativos como sempre.
Sim, nossos olhos são curiosos e também cheios de curiosidades. Quer saber mais? Na próxima consulta, converse com o seu Oftalmologista.